Hipnose Clínica e a Auto-Hipnose
Imagine que se sente em stress ou deprimido. Imagine que neste caso, por efeito de uma sugestão hipnótica eficaz, ou de uma visualização, em vez de continuar a refugiar-se no comportamento negativo habitual, que tanto o vem fazendo sofrer, espontaneamente, em si surge, num impulso profundo, uma vontade firme de fazer algo diferente, de fazer algo que até lhe dê prazer, como por exemplo ir passear, ver pessoas e lugares ou simplesmente ir à janela, sabendo que vai respirar fundo, sorrir, e que só com isso se vai sentir logo, distante daquele hábito, que tanto o tem feito sofrer, que se vai sentir bem melhor…a caminho da tranquilidade, da paz…
Imagine que tudo isto pode acontecer em pouco tempo. Como se tivesse aberto uma janela, uma porta, deixado a luz entrar numa parte de si há muito escura ou esquecida. Imagine que faz tudo isto como quem cuida de um jardim onde um dos canteiros precisa do seu cuidado. Imagine que faz tudo isto encontrando-se consigo próprio, com uma parte de si que necessita da sua atenção e de um diálogo consigo.
Imagine-se um observador calmo, tranquilo mas ativo dos seus pensamentos. Como que dando um passo atrás na sua mente e perspectivando-os na sua verdadeira dimensão.
É isso que a hipnose e a auto-hipnose podem fazer pela sua vida.
Em si, e não sendo uma terapia, a hipnose usada em contexto clínico ou motivacional é uma forma eficaz de o indivíduo aceder a capacidades e recursos que possui.
Não estamos ainda num grau de evolução da espécie humana em que possamos pressionar um botão e sentirmo-nos calmos, energéticos ou motivados. Necessitamos criar esses “botões”, esses mecanismos ou essas dinâmicas mentais, trabalhá-los e reforçá-los na nossa mente. Conseguimo-lo “limpando” a mente, relaxando profundamente e criando imagens que nos fazem acionar essas emoções ou esses estados.
É isso que a hipnose clínica faz. Trabalha com o indivíduo (hetero-hipnose), ou em auto-processo (auto-hipnose), através de estados leves a profundos de relaxamento e com a utilização de sugestões, visualizações ou metáforas, ajudando-o a encontrar essas emoções. A reprogramar comportamentos com os quais (o indivíduo) não se sente confortável, a gerir emoções, a trabalhar objetivos, etc.
Mas sempre, sempre, com o trabalho e o empenho do indivíduo nesse sentido. Sendo o terapeuta, ou o facilitador, um co-piloto nessa viagem até ao objetivo, ao equilíbrio ou ao controlo.
Este processo não envolve o sono, apesar da sua origem no nome do deus grego do sono – Hipnos. Quando uma pessoa se encontra em transe hipnótico, o corpo pode estar num estado totalmente relaxado, mas a mente está alerta e Extremamente focada.
É, ainda, um estado perfeitamente natural. A situação de transe hipnótico pode ser comparada a algumas situações do quotidiano, como quando alguém se sente completamente absorvido pela leitura de um livro ou pelo visionamento de um filme – estas poderão ser consideradas situações de transe leve.
A hipnose e a hipnoterapia estão a ser utilizadas de modo crescente para tratar a dor e perturbações físicas que têm uma componente psicológica. Promovendo o relaxamento e, consequentemente, a redução da ansiedade e da tensão.
Fonte: https://lifestyle.sapo.pt/
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